Dragon Ball Daimaō Fukkatsu caracterizou-se por ter sido um dos primeiros jogos cuja exploração decorria essencialmente como que num jogo de tabuleiro, sendo que as batalhas eram suportadas por um sistema de cartas de combate, conjugando-se como que um híbrido entre jogos Role-playing Game (RPG), Trading Card Game e Board game. Tal como no título anterior Daimaō Fukkatsu processa-se na saga de Piccolo Daimao, logo após o 22º Tenkaichi Budokai, dando a aventura inicio na altura em que Kuririn é encontrado morto e terminando com o combate final frente a Piccolo Daimao.
Em Daimaō Fukkatsu a personagem que preconiza o começo da aventura é obviamente Son Goku, sendo esta a única personagem disponível, ainda assim, independentemente de não ser possível selecciona-los, ao longo da aventura surgirão (entre muitos outros) nomes sonantes, tais como: Bulma, Lunch, Muten-Rôshi, e até mesmo Mr. Popo, Karin e Taopaipai.
A aventura dará inicio na Kame House, onde na zona inferior do ecrã serão disponibilizadas um conjunto de 5 cartas de jogar, que irão ser geradas aleatoriamente; estas, possuirão um número na zona superior (onde é mostrada uma Dragon Ball, que poderá conter números de 1-7) e um símbolo japonês na zona inferior da carta (novamente de 1-7), como poderão constatar neste exemplo.
Estas cartas serão utilizadas para combater, onde irão ser utilizados os números e respectivos símbolos presentes nestas mesmas, com o número superior a corresponder à força de ataque e o inferior à defesa. Os resultados de cada luta irão ser determinados pela mão de cartas e da forma como será tratada a mão de cartas do jogador face ao oponente. Durante as batalhas as acções serão mostradas em pequenas cenas animadas que irão durar até que um dos personagens seja derrotado.
As cartas terão ainda utilidade para estabelecer os espaços que virão a ser dados durante a exploração no mapa, com o número superior a corresponder ao número de "passos" que serão dados (tal como num já referido jogo de tabuleiro), neste mesmo mapa de jogo poderão ainda ser escolhidas as pretendidas direcções, de forma a vasculhar pelos diversos locais, bem como encontrar personagens que poderão fornecer informações e na grande maioria dos casos realizar combates e que nos quais será mais uma vez posto em prática o já referido sistema de combate por cartas.
Alguns dos principais aspectos positivos apontados a Daimaō Fukkatsu terão sido a simplicidade dos controlos, além da bem sucedida concretização de criação de um RPG com elementos bastante peculiares e até funcionais, no entanto este falha pelo simples facto de não dar ao jogador qualquer iniciativa para voltar a repetir este mesmo, em parte devido a certas etapas que representam sequências aleatórias de morte, nas quais ao mínimo erro o jogador terá que voltar a efectuar todo o percurso o que não é facilitado devido à complexidade de "alguns mapas" de maiores dimensões, acarretando assim alguma frustração.
No que à sonoridade diz respeito, as músicas encontram-se bem enquadradas nos mais diversificados momentos ainda que tenham tendência a serem repetitivas, já os efeitos de sons merecem pontos negativos especialmente considerando os incessantes e de certa forma irritantes "bips" presentes emitidos por cada caractere sempre que são representadas as falas da personagem. Graficamente e sempre considerando a data de lançamento deste jogo poderei afirmar que apresenta-se de forma razoável, apenas com excepção de alguma proliferação de tons laranja aliados a um mapa demasiado ameno, mas com as imagens representativas dos combates a revelarem-se razoáveis.
Apesar de tudo e de forma conclusiva este jogo caracterizou-se pelo uso de um sistema inovador que patenteou, mas que terá falhado no factor diversão, mesmo sem referir as naturais limitações impostas pela língua a que este jogo esteve sujeito ao ter sido lançado exclusivamente no País do Sol Nascente.
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